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Sendo mulher, dizer NÃO custa uma vida

Johanna Christina Cerqueira Jesus, 19 anos, assassinada por rejeitar um homem

Johanna Christina Cerqueira Jesus, 19 anos, foi assassinada. Seu corpo foi encontrado no Pátio da Estação, no Centro de Barra do Piraí.

A causa da morte: ser mulher.

Johanna é mais uma vítima de feminicídio, que é quando o crime é motivado por questão de gênero.

O autor do crime foi um jovem de 24 anos que manteve um breve relacionamento com a vítima. Ele está preso e confessou ter estrangulado Johanna. Ele a matou após ela ter dito que não queria continuar a relação com ele. Infelizmente, mais um dos inúmeros casos de homens "inconformados com o fim do relacionamento".

O feminicídio é um dos casos mais explícitos de violência de gênero. Nessas hipóteses, o homem vê a mulher como um objeto, uma coisa, um nada, despido de qualquer tipo de autonomia uma vez que incapacitada de dizer um simples não. Não uma pessoa, uma coisa que não pode existir a não ser que seja para ele.

O feminicida vê a mulher como uma extensão de si próprio, uma posse. Se ela deseja se afastar, ele crê que não há mais sentido para sua existência. Por isso, a mata. Que sentido haveria para ela viver, pensa, se não for para ele? Me recuso a dizer "com" ele.

Ser mulher é viver em constante medo. Medo, inclusive, de dizer não porque sabemos que isso pode custar nossa vida. Custou a vida de Johanna.

Repercussão nas redes sociais

O assassinato de Johanna teve grande repercussão nas redes sociais. A hashtag "#SomosTodasJohanna" ficou entre os "assuntos do momento" no Twitter durante grande parte do dia:

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