Websérie encoraja mulheres a contar sobre seus abusos

Quebrar o estigma da vergonha sobre a mulher agredida.

Esse é o objetivo da série #MulheresLivres

Estupro, violência verbal e física. Falar sobre esses temas pode ser chocante, até que você tire o véu da realidade e perceba o quanto esses são crimes comuns contra as mulheres. Todos esses temas ja foram abordados no projeto intitulado #MulheresLivres, que traz relatos corajosos de mulheres que passaram por violência, demonstrando que não há porque ter vergonha do abuso que sofreram. A ideia principal das Ousadas (criadoras do projeto) é encorajar outras mulheres a denunciarem. “As mulheres não tem que ter vergonha da maldade que os homens fazem com elas”, diz Lora Cirino, uma das personagens que sofreu violência por três anos dentro do seu casamento.

Segundo um levantamento feito pela USP (2017) em média 12 mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Na maioria dos casos o assassinato acontece depois de recorrentes agressões. E muitas mulheres não denunciam seus agressores. Esta mesma pesquisa mostra que mais de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência (física, psicológica, sexual, material ou moral).

Este percentual alarmante se dá devido ao fato de que muitas destas mulheres se mantém em silêncio por medo ou vergonha ou dependência econômica.

É muito comum que ao procurar qualquer tipo de ajuda essas mulheres sejam questionadas com a seguinte pergunta “Mas o que você fez pra ele?”

Foi pensando nestes tantos casos que as influenciadoras Mari e Lollie, começaram uma

websérie em sua rede Ousadas (Facebook e Instagram) para dar voz a estas mulheres que conseguiram superar suas agressões “Sabemos da nossa responsabilidade social, nossa página hoje tem mais de 30 mil seguidoras. Queremos que mulheres passando por qualquer situação de violência sejam encorajadas por esses vídeos”.

A série já possui 3 vídeos no ar e entre estes há também relatos das próprias Mari e Lollie que estrearam a série,encorajando outras mulheres. Mari teve tímpano rompido durante um relacionamento abusivo e Lollie foi violentada na sua primeira vez. “O principal objetivo é mostrar que conseguimos superar todo esse sofrimento, dar a volta por cima. E nós não precisamos sentir vergonha. Precisamos sentir coragem”, afirma Mari.

Depois do lançamento da série, às Ousadas já tem uma fila de mulheres que querem contar sobre a agressão que sofreram. Os vídeos vão ao ar quinta feira e podem ser acompanhados pelo facebook e instagram das Ousadas.