Campanha sobre assedio dentro das agências de publicidade é lançada na internet
- naomekahlo
- 29 de ago. de 2017
- 1 min de leitura
Pesquisa com publicitárias resulta em site com números e depoimentos sobre assédio nas agências do Nordeste
Repensar o papel da mulher na publicidade é uma discussão mundial. Mas o machismo começa antes das campanhas serem veiculadas, ainda dentro das agências. Para ampliar o debate, a agência paraibana TagZag realizou uma pesquisa nos 9 estados do nordeste, com 200 publicitárias. Entre outros números, o resultado é que 71% das profissionais da área já sofreram assédio no trabalho. Os dados completos estão no hotsite essecaseefoda.com.br.
A campanha marca o Dia Mundial da Igualdade Feminina (26/08). Para responder aos formulários, a pesquisa foi divulgada organicamente, de publicitária para publicitária, numa espécie de “boca a boca virtual”. A ação completa conta com filmes, postagens nas redes sociais e envio de cartazes para agências da região.
“As agências são vistas como ambiente de vanguarda e mente aberta, mas nós ouvíamos relatos de uma realidade bem diferente. Quisemos medir isso e fazer o mercado se atentar sobre o assunto.” afirma Mariana Craveiro, COO da TagZag.
Para Carol Crozara, head of digital da TagZag, “é necessário criar gatilhos para evitar o assédio e, por tabela, reduzir o machismo nas agências. Não é fácil, sempre tem muita coisa envolvida. Mas ficar em silêncio só ajuda a manter o ambiente confortável para os assediadores.”
O site também apresenta "cases" reais com depoimentos anônimos coletados dentro da pesquisa. Ouvir piada machista, receber cantada de clientes e chefes, ser julgada pela aparência e até ganhar menos que um colega homem na mesma função fazem mais parte do dia a dia das publicitárias do que se imagina.
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