Desconstruindo mitos: por uma "definição radical" mais honesta
- por Bruna Leão e Nathália Lausch
- 10 de fev. de 2015
- 12 min de leitura
Este texto é uma resposta a essa publicação do site Festival Marginal, que busca explicar o que é feminismo radical. No entanto, temos diversas objeções à forma como o texto classificou o “feminismo pós-moderno”, que serão expostas adiante.
Primeiramente, gostaríamos de tecer algumas breves considerações:
1. Como o texto tem a proposta de dizer o que é feminismo radical, nossas críticas são direcionadas ao que é definido ali como feminismo radical, mesmo que existam feministas radicais que se oponham a tais visões.
2. Não buscamos “demonizar” o feminismo radical nem desqualificar essa vertente. O que pretendemos é criticá-la, na forma que consideramos válida, com respeito, apesar das discordâncias.
O texto começa afirmando que “o Radfem é uma corrente feminista inversa ao Feminismo Liberal”, ou seja, que destaca o coletivismo acima do individualismo. Considera, de uma forma um pouco atécnica, que a sociedade não é formada por indivíduos “mas, sim, por grupos (de forma onde cada grupo tem poder sobre o outro)”.
O grande problema é o que o feminismo radical considera o que seja o “Feminismo Liberal”: tudo que não é feminismo radical.
A prova disso vem posteriormente quando o texto fala sobre feminismo pós-moderno. Vejamos: “Já por outro lado, o feminismo liberal crê em uma definição de gênero pós-moderna em que reforça o essencialismo e o naturalismo - veja na imagem abaixo”.

Essa imagem é bastante problemática. Claro, não seria de se esperar que pudesse conter toda a complexidade das diferenças entre essas duas visões de gênero, mas as colocações chegam a ser desonestas nas contraposições que expõem.
Primeiramente, feminismo pós-moderno não é o mesmo que feminismo liberal. Não é correto, também, que o feminismo liberal creia na definição de gênero pós-moderno. Aliás, tem um grande buraco histórico nessa afirmação, uma vez que o feminismo liberal antecede o surgimento do feminismo pós-moderno. Antes disso acreditavam no quê, então?
Afinal, o que é feminismo liberal e o que é feminismo pós-moderno? Por definição, feminismo liberal é um tipo de feminismo que se organiza em pautas que envolvem o liberalismo clássico de Adam Smith. São, portanto, as feministas sufragistas (de grande maioria branca e classe média alta), que pretendiam ter os direitos “naturais” propostos pelo liberalismo e nada além disso. Esse feminismo deixou de se tornar uma vertente auto-organizada e pautada dessa forma em meados das décadas de 1970/80 com o surgimento do feminismo radical e, posteriormente, do feminismo interseccional. Falando da realidade brasileira, o próprio movimento sufragista, apesar de ser dominado por mulheres privilegiadas, não tinha um arcabouço teórico que envolvesse o liberalismo clássico. Esse tipo de feminismo se limitou a partes da Europa e aos Estados Unidos. É possível concluir, então, que a definição de “feminismo liberal” utilizada é imprópria. Como marxista, acredito que o liberalismo vá muito além de Adam Smith - contudo, neste caso, creio que essa nomenclatura esteja errada pelo contexto no qual vivemos. Seria o mesmo que chamar de “feminista radical” qualquer mulher que tenha uma militância combativa. A definição de “radical” dentro do feminismo, apesar de envolver a combatitividade, não se baseia somente nisso.
Chegamos, enfim, ao tal do “pós-modernismo”, essa suposta vertente teórica que não significa absolutamente nada ao mesmo tempo em que significa tudo. Para Baumann, “pós-modernismo” é uma teoria que acredita que, após o fim da União Soviética, a história acabou e o capitalismo venceu. Para os marxistas ortodoxos, pós-modernismo é qualquer coisa que fuja a Marx e Engels - ou seja, você não pode ler Simone De Beauvoir ou Foucault, concordar com eles e se considerar marxista, porque ambos eram críticos do regime soviético e suas análises iam além da luta de classes. Para algumas pessoas, o existencialismo (corrente de Beauvoir) é “pós-moderno” porque questiona a ideia de o ser humano ter, dentro de si, um tipo de “essência” que define quem ele é e será para o resto da vida. Já o pós-estruturalismo (corrente de Foucault e Judith Butler) é considerado análogo ao “pós-modernismo” (lembremos que o pós-modernismo existiu somente enquanto movimento cultural) porque utiliza a literatura para dialogar com outras ciências, além de fazer uso de conceitos nietchzianos, como “genealogia”, para fazer um retorno dentro da história e observar os diferentes fatores que levaram um determinado conceito a existir como conhecemos hoje (é o que Foucault faz em “A História da Sexualidade”, por exemplo). Outro exemplo de filosofia pós-estruturalista é Judith Butler que, apesar de causar polêmica dentro do feminismo com a teoria queer, trouxe pensamentos bem pertinentes: para ela, sexo e gênero não são coisas intimamente ligadas, assim como gênero e desejo também não o são. A designação de gênero baseada na verificação genital e, a partir disso, a heteronormatividade compulsória são fatores que colaboram para a manutenção de uma hierarquia. Para Butler, o gênero aprisiona o sexo em uma natureza inalcançável a nossa crítica e desconstrução.
Em síntese: “pós-modernismo”, para além da definição de Bauman, é uma falácia argumentativa que apela para o contorcionismo filosófico com o intuito de desmoralizar, de forma quase apolítica, determinados autores e autoras, baseando-se numa concepção iluminista e um tanto liberal de “racionalidade” e “materialidade”. Não há argumentos que sustentem o que a imagem chama de “pós-moderno”.
Ademais, essa contraposição de definições de gênero nos leva ao erro de interpretá-las como excludentes. A definição radical de gênero na imagem é: “um sistema hierárquico baseado na divisão binária ‘homens’ e ‘mulheres’ caracterizada pela nossa sociedade através da biologia”. Isso é correto, inclusive inegável a qualquer vertente feminista. É a definição de que gênero é uma construção social. É dessa forma que a sociedade foi, de fato, dividida. No entanto, segundo a visão chamada de pós-moderna, não corresponde ao que é na realidade gênero.
Explicando melhor, a sociedade construiu o que concebemos como “homem” e “mulher”. Daí a divisão do trabalho, estereótipos de gênero, hierarquia de gêneros etc. Nascemos do sexo masculino ou feminino. De acordo com nossa anatomia, então, a sociedade nos impõe os deveres e obrigações de homem ou mulher. No entanto, não nascemos “homem” ou “mulher”, nascemos com uma identidade própria que depois é encaixada em “homem” ou “mulher” (como dito, a partir da nossa anatomia). Então, apesar de existir uma construção social do que é gênero, na realidade, o nosso gênero é a forma como realmente somos. Por isso existem pessoas que não se encaixam na definição socialmente construída de gênero para elas.
A visão de que a construção social de gênero é determinante para nossa identidade de gênero se demonstrou falsa ao longo do tempo. Sempre existiram pessoas que desafiaram essas imposições e não se encaixaram no que era esperado que fossem.
O feminismo radical, no entanto, considera que a socialização que nos é imposta é absolutamente bem sucedida em todos os casos. Assim fosse, não existiriam mulheres que não usam maquiagem, não querem ter filhos ou casar, por exemplo. A propósito, Daniela Andrade, uma mulher trans, explica-nos como foi a sua socialização:
Eu fui socializada como oprimida, e não como opressora, não houve um momento da minha vida que eu me vi, que eu me comportei, que eu me reivindiquei homem. Ao contrário, eu tinha verdadeiro horror quando me tratavam como menino, eu tinha uma vontade de regurgitar quando me colocavam no grupo dos meninos, nunca consegui me ver como um deles. E, por isso, apanhei a vida inteira dos meus pais, que me espancavam com fio de aço, com borracha de mangueira, com madeira para "eu virar homem". Meu pai, uma vez, me bateu tanto que minha mãe - a mesma que sempre disse que eu não podia ter saído da barriga dela, que eu deveria ter sido trocada na maternidade - interviu dizendo que se ele não parasse, eu teria que ir ao pronto-socorro e aí ia ficar feio. As dores físicas eram menores que as psicológicas, mas doíam de morte. Quando ele me surrava, ele dizia que ia me quebrar até eu virar homem.
As pessoas me agrediam na rua, na escola, no bairro porque estava bem claro para todos que eu não era como os demais, eu era muito diferente, e a sociedade não perdoa os diferentes. Os meninos sempre me viram como inferior a eles, pois nunca me comportei, nunca me reivindiquei como um deles. Aliás, a escola foi um ambiente extremamente opressor, fiquei 11 anos lá e tive apenas 2 amigos: um garoto negro e uma garota negra, ambos escorraçados também do restante do grupo por conta do racismo. Jamais me escolhiam para fazer trabalho em grupo, e, na aula de educação física, eu sobrava, e o professor forçava para que eles me colocassem em algum time. Aliás, as aulas de educação física foram um capítulo de violência à parte em minha vida. Na quarta série e quinta série do fundamental falsifiquei um atestado de que eu trabalhava para não voltar mais lá. Foi em uma dessas aulas que um menino começou a me espancar dizendo que eu precisava virar homem, enquanto os demais aplaudiam.
Não havia com quem desabafar, para onde me voltar para ter as palavras de conforto que eu precisava. O restante da família apoiava a violência. Um tio meu dizia que eu era a vergonha de todos, e toda vez que ele me via com outras meninas ou acossada dentro do quarto onde minhas tias conversavam, ele intervinha dizendo que eu tinha que estar com os meninos, que eu tinha que me tocar que ali era assunto de mulheres. Ele fiscalizava o tempo todo meu comportamento, quando eu saía do banho, ele dizia que a toalha tinha que estar na cintura pois eu era homem, não cobrindo o peito. Mas eu tinha horror de tirar a camisa e mostrar os peitos como os outros meninos, na realidade, fazer isso significaria para mim ser como um deles, o que nunca consegui me ver sendo. Uma vez ele me humilhou na frente dos parentes da esposa dele, dizendo que eu tinha que tomar vergonha na cara e virar homem, isso tudo porque ele me pegou fazendo tricô e os parentes dele viram também. Nunca me esquecerei desse dia, fiquei dias remoendo aquilo dentro de mim.
Lembro quando uma tia minha, uma vez, me comprou uma pipa - eu sempre detestei todos os brinquedos considerados masculinos - e me disse: "Você precisa brincar com brinquedos de meninos". Dei as costas e saí, e ela achou aquilo um absurdo, e me falou horrores. Jamais gostei de nenhum brinquedo que me davam. Na loja de brinquedo, muito criança, corria para a seção das meninas e ficava horas lá se deixasse. Morria de inveja da minha irmã que ganhava as bonecas que eu tanto desejava, ficava de longe admirando ela brincar e sabia que não podia chegar perto, pois, das vezes que tentei, foram surras que minha mãe me deu.
As surras eram tão constantes que um dia eu disse para ela que iria denunciá-la para o SOS Criança. Eu tinha visto na TV que agressão contra criança era passível de denúncia e repeti o que ouvi. Ela ficou ainda mais agressiva, e, sempre contava à noite, quando meu pai chegava do trabalho, o que eu tinha "aprontado" para ser surrada mais uma vez, ou então deixava-me ajoelhada no escuro, trancada na varanda, esperando ele chegar, e dizia: “vou ver de vez em quando se você está de joelhos, se não estiver, já sabe o que vai acontecer”.
Adorava gibis, juntava todas as moedas que me davam para comprá-los. Era um refúgio diante da minha tristeza. Colecionava tantos que formaram uma pilha, eram meu xodó. Uma vez, minha mãe extremamente descontrolada porque eu me recusava a deixar de cantar uma música da Simony bem alto na frente de casa, música essa que o refrão era "Acho que estou louca, louca, muito louca", o que fazia ela considerar que era uma afronta e um ímã para os vizinhos me xingarem de traveco, bicha, boiola; ela pegou todos os gibis que eu tinha, colocou em um saco e jogou no córrego que passava no final da rua onde eu morava. Foi como se tivessem jogado fora uma parte do meu coração, nunca esqueci de como aquilo me fez sofrer.
Um dia ela me perseguiu com um pedaço de madeira para me bater, pulei o portão de casa e fiquei na rua durante horas, sentada na calçada. Tentei me matar algumas vezes, em todas elas eu fui surrada por ter tentado. A morte soava como uma doce melodia aos meus ouvidos, chegou um tempo em minha vida que eu considerava que ela seria a única solução para todos os meus problemas.
Meus pais me levaram no terreiro de candomblé, na umbanda, no psiquiatra. Queriam me "curar" daquilo que eu era, daquilo que sempre fui: mulher. Lembro do meu pai me ensinar como um homem devia andar, e meu corpo mole se requebrando era uma afronta para ele. Quando alguém na rua me gritava: "mulherzinha", chegávamos em casa e eu sabia que era mais uma surra. Isso sem falar as palavras horríveis que ele sempre me dizia antes de me surrar: de que eu terminaria aidética, sozinha e na cadeia, pois esse era o destino de "todo travesti (sic)" - para ficar em apenas uma das frases que ele dizia e que me marcaram.
Jamais na minha vida nenhum dos dois me disseram que me amavam, pelo contrário. Eu passei a infância inteira me sentindo um estorvo. Os dois eram extremamente religiosos, e me fizeram acreditar, durante anos, que eu tinha culpa por não ser como Deus aceitava. Que eu iria arder no inferno. Meu pai me dizia para eu pedir a Deus para mudar meu jeito de ser. E eu pedia, pedia a Deus para me levar embora o quanto antes, eu pedia quase todos os dias para que aquele inferno acabasse. Eu pedia que Deus me matasse.Deus nunca apareceu para me ajudar. As agressões continuaram.
Um dia, uma tia espalhou para o restante da família que eu tinha HIV, o grande detalhe é que eu era virgem - e mesmo que eu tivesse HIV, não seria direito dela fazer aquilo. Quando descobri, fiquei arrasada. Eu sentia que todas aquelas pessoas que se diziam da minha família eram, na verdade, estranhos, estranhos que faziam parte da minha vida com o único intuito de me agredir. Tive um tio, já falecido, que um dia me disse que eu era a maior bicha louca que ele já tinha conhecido. Eu era apenas uma criança, e um dia saí de carro com ele, que estacionou em um lugar proibido e disse que iria pegar um pacote sei lá onde e já voltava, e que se algum guarda aparecesse, era para eu avisá-lo. Ele saiu, eu fiquei no carro, o guarda apareceu e colocou a multa debaixo do limpador do para-brisa, isso antes de eu ter reação para qualquer coisa. Quando ele viu aquilo, ficou possesso e me falou barbaridades, frisando sempre como era nojento eu não me comportar como um homem, que para ele eu não era um homem.
Essas palavras que a gente vai ouvindo de pessoas que somos obrigadas a conviver vão marcando a gente de uma forma tão angustiante, elas criam raízes muito profundas. Eu vou levar tudo o que eu ouvi dessas pessoas até o dia da minha morte. É extremamente difícil lembrar de tudo isso, lembrar que meu pai e minha mãe nunca foram pai e mãe de verdade. Não tem como eu esquecer, não tem como eu apertar um botão e tudo se esvair e a minha vida se modificar. Hoje não há nenhuma dessas pessoas que a sociedade nomeia como parentes consanguíneos em minha vida. Saí da casa dos meus pais, meus irmãos continuaram morando com eles. Faz muito tempo que não sabem nada sobre mim, que não me ligam, que não se importam se estou bem ou mal, se morri ou estou viva, se estou passando fome ou se tenho o que comer. Isso não é uma coisa fácil, isso não é tão simples, estou falando de pessoas com quem convivi ao longo de uma vida, estou falando de pessoas que a sociedade inteira diz que faz parte de instituições sagradas e divinas: a mãe e o pai.
Não, eu não fui socializada para oprimir, eu não tive uma vida maravilhosa sendo tratada como homem, pelo contrário, eu só conheci violência.
Podemos perceber que mulheres trans, como a Daniela, não se beneficiam do machismo estrutural da sociedade. Apesar dos esforços de considerá-la homem por ter teoricamente sido socializada a ser opressor, uma análise superficial da sociedade nos faz ver como isso é facilmente desmentido. E superficial mesmo, ao estilo "teste do pescoço". Aquele teste que você coloca o pescoço pra uma sala universitária e conta quantas pessoas trans tem ali. Estica o pescoço pro Congresso Nacional e vê quantas pessoas trans tem ali. Olha pros donos de grandes empresas, pega a calculadora pra fazer a conta de quantas pessoas trans estão ali. O fato é que pessoas trans que, em tese, foram socializadas como opressores não ocupam os espaços sociais de poder e privilégio que os opressores ocupam.
Outro exemplo de falha na socialização diz respeito a nossa orientação sexual. Além de vivermos numa sociedade binarista de gênero, também vivemos numa sociedade extremamente heteronormativa. Somos socializados a desepenharmos papéis sociais como sujeitos héteros, ninguém é socializado a ser gay, lésbica, bissexual etc. No entanto, somos.
O restante dos conceitos expostos na imagem também são problemáticos. A parte que diz respeito de “aonde está a opressão”, da mesma forma, leva ao erro. Não temos dúvida que a opressão sempre se deu pela hierarquia de gênero, pela dominação masculina. Isso não exclui, no entanto, que o sistema binário rígido não seja também uma forma de opressão.
A “política”, também, extremamente desonesta. Até parece que somente o feminismo radical quer o fim do patriarcado. O reconhecimento de diversas identidades de gênero não muda o fato de que é o gênero masculino que domina todos os espaços sociais. Lutar pelo reconhecimento de todas essas identidades sem lutar, ao mesmo tempo, para que nenhuma identidade de gênero seja hierarquicamente superior às outras não faria sentido algum.
Por fim, a parte do “reforça” é a pior de todas. Sem nenhuma explicação, o feminismo radical reforça tudo de bom: coletivismo, revolução, radicalismo, materialismo, construtivismo. E o feminismo pós-moderno, coitado: individualismo, reformismo, liberalismo, idealismo, naturalismo. Não há suporte algum no texto que nos leve a essa conclusão tão taxativa.
Não é nossa intenção, no momento, discorrer sobre as outras questões do texto, como o “liberalismo sexual promovido pelo feminismo atual” ou o debate acerca da prostituição, até porque foram comentados de forma bastante rápida e uma crítica a isso demandaria um texto demasiadamente longo.
O que nos importa dizer é que o feminismo radical deve ser levado em consideração, mas nunca como verdades absolutas porque isso nos leva a desserviços como este. Por fim, se é para falarmos de teoria, é necessário que estudemos sobre o assunto antes de emitirmos uma opinião, principalmente uma opinião com o intuito tão esclarecedor e taxativo de afirmar “o que é feminismo radical”. De outra forma, estamos só supondo coisas que podem ser facilmente desmentidas. No final das contas, o texto publicado no site Festival Marginal acabou sendo o que visava combater: mais um texto sem base teórica alguma disseminado pelos meios virtuais.

Comments